segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Andava a procura de chaves. Muitas apareceram. Ela teria que escolher uma delas. Apenas uma. O risco era enorme. Depois de todo esforço que ela teve que fazer até chegar naquelas opções, ela teria que descer e testar uma delas. E se não fosse a chave certa?
- Ah! Bom que eu volto aqui e vejo essa paisagem de novo - pensou ela.
Pensou e, sem vacilar, desceu as escadas rumo à fechadura. Por alguma razão que ela ainda desconhecia, quebrar a cara, dar com os burros n'água, errar, errar e errar eram fatos que faziam parte da vida dela. Ela sempre quebrava a cara, sempre jogava na água os burros. Tinha mesmo o dom de fazer tudo errado.
No começo, aquilo realmente a irritava, mas ela já havia entendido e já não se incomodava tanto. De alguma forma, ela finalmente sabia que, quanto mais errava, mais ela aprendia.
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