terça-feira, 29 de março de 2011
Eu preciso aprender a ser menos. Menos dramática. Menos intensa. Menos exagerada. Alguém já desejou isso na vida: ser menos? Pois é. Estranho. Mas eu preciso. Nesse minuto, nesse segundo, por favor, me bloqueie o coração, me cale o pensamento, me dê uma droga forte para tranqüilizar a alma. Porque eu preciso. E preciso muito. Eu preciso diminuir o ritmo, abaixar o volume, andar na velocidade permitida, não atropelar quem chega, não tropeçar em mim mesma. Eu preciso respirar. Me aperte o pause, me deixe em stand by, eu não dou conta do meu coração que quer muito. Eu preciso desatar o nó. Eu preciso sentir menos, sonhar menos, amar menos, sofrer menos ainda. Aonde está a placa de PARE bem no meio da minha frase? Confesso: eu não consigo. Nada em mim pára, nada em mim é morno, nada é pouco, não existe sinal vermelho no meu caminho que se abre e me chama. E eu vou... Com o coração na mochila, o lápis borrado, o sorriso e a dúvida, a coragem e o medo, mas vou... Não digo: "estou indo", não digo: "daqui a pouco", nada tem hora a não ser agora. Existe aí algum remedinho para não-sentir? Existe alguma terapia, acupuntura, pedras, cores e aromas para me calar a alma e deixar mudo o pensamento? Quer saber? Existe. Existe e eu preciso. Preciso e não quero.
Fernanda Mello
Mas sou atrevida por natureza e adepta da frase de Nietzsche: "Odeio quem me rouba a solidão sem em troca me oferecer verdadeiramente companhia". Ai, Nietzsche você sempre soube! É isso mesmo. Eu odeio e assino embaixo. E odeio com todas as forças, com todas as letras, em capslock, de trás para frente, em inglês ou latim. EU ODEIO. Sou uma ótima companhia para mim mesmo, adoro ficar sozinha, lendo, escrevendo ou fazendo o meu nada. Prefiro me afundar em mim a ter que ouvir gente falando merda ou contando vantagem.
Fernanda Mello
Gosto de pensar assim: se a gente faz o que manda o coração, lá na frente, tudo se explica. Por isso, faço a minha sorte. Sou fiel ao que sinto. Aceito feliz quem eu sou. Não acho graça em quem não acha graça. Acho chato quem não se contradiz. Às vezes desejo mal. Sou humana. Sou quase normal. Não ligo se gostarem de mim em partes. Mas desejo que eu me aceite por inteiro. Não sou perfeita, não sou previsível. Sou uma louca. Admiro grandes qualidades. Mas gosto mesmo dos pequenos defeitos. São eles que nos fazem grande. Que nos fazem fortes. Que nos fazem acordar. Acho bonito quem tem orgulho de ser gente. Porque não é nada fácil, eu sei. Por isso continuo princesa. Continuo guerreira. Continuo na lua. Continuo na luta. No meio do caos que anda o mundo, ACEITAR É SER FELIZ.
Fernanda Mello
domingo, 27 de março de 2011
sexta-feira, 25 de março de 2011
terça-feira, 22 de março de 2011
Acho incrivelmente divino quando eu dou as costas para o medo, para a incerteza, a insegurança. Eu sinto que, se seguir em frente, o sol estará por lá, me aquecendo, trazendo luminosidade para o que for escuridão. Por isso, sem duvidar nem um pouco, eu me recuso a estacionar, a ficar por aqui e deixar tudo como está. Eu busco a luz, eu aqueço, eu faço minha vida ter um novo sentido a cada dia.
domingo, 20 de março de 2011
sábado, 19 de março de 2011
E eu, que sou tão contra voltar ao passado, quis trancar no tempo aquele sentimento que deveria ficar pra trás, mas você escondeu as chaves de mim. Então, eu bati a porta dizendo que não voltaria mais e saí pisando duro sem saber que, sem trancas, o "não volto nunca mais" perderia seu efeito e se tornaria um sutil "um dia, eu volto".
quinta-feira, 17 de março de 2011
quarta-feira, 16 de março de 2011
No final das contas, a nossa missão, como humanos, vai muito além de apenas deixar a inteligência dar frutos. Nossa missão envolve um eterno florescer da alma, algo que nos permita oferecer flores ao invés de pedras, calor ao invés de gelo, afeto ao invés de indiferença. Algo que perfume, enfeite, contagie.
Já pensou em quais flores você tem oferecido ao mundo?
Foi assim, vendo as águas de março pela janela, através de cenas em preto e branco e com o som de stone sour ao longe, que decidi voltar. Porque eu deveria me despedir de todas essas tempestades e acolher o estio. Porque todos os raios foram descarregados, todos os dias sombrios haviam ficado para trás. Era o momento de encarar aquele outono com todo meu calor.
Assinar:
Postagens (Atom)